Quando falamos em mudança de comportamento, em especial a mudança alimentar, o que vem a nossa mente é dificuldade e sofrimento.
Como somos “comparados” pelo estilo de corpo que temos, a beleza também é comparada a corpos magros e saudáveis.
A correria diária e a comodidade em conseguir as coisas prontas e mais rapidamente também afeta diretamente na qualidade da nossa alimentação.
Geralmente quando nos alimentamos estamos no modo automático, não conseguindo fazer uma alimentação consciente e lenta. E quando temos mais tempo aí exageramos na quantidade pela falta que foi durante o dia.
É importante refletirmos sobre o que estamos comendo. Geralmente ingerimos alguma emoção, seja ela ansiedade, angústia, tristeza ou irritabilidade. Mas estando no automático nem percebemos isto.
Importante também não radicalizar desde o início, a mudança deve ser gradual, pois quanto mais drástica a mudança mais chance de recaídas e desistência
A cultura da comida corrobora para a má alimentação, pois a comida é vista como recompensa, reforço positivo e negativo. Por exemplo, quando recebemos alguma visita, pensamos em fazer alguma comida para agradar. Quando estamos felizes é a comida para comemorar e quando estamos tristes é a comida para afogar as mágoas.
Precisamos ter razões positivas para mudar, para que consigamos enfrentar esta mudança de maneira mais tranquila e benéfica.
Temos nossas crenças limitantes, que foram adquiridas através de nossas vivências, nossas interpretações, nossos modelos enquanto criança. Nossas lembranças também influenciam diretamente no nosso comportamento, nos fazendo agir de acordo com elas.
Mas nossas crenças podem ser ressignificadas e nossas lembranças questionadas. Nossas lembranças são a interpretação de fatos que nós fizemos, de acordo com a nossa visão, não sendo necessariamente a correta.
Os Gatilhos mentais são que ativam essas crenças, memórias e lembranças.
E o nosso pensamento sempre procura reforçar estas crenças, afirmando que estamos certos e não precisamos mudar. O nosso cérebro procura sempre o conforto e menor trabalho.
Por isto que precisamos nos dedicar para sair desta zona de conforto alimentar.
Lembranças e memórias que refletem na comida. Podemos ter a lembrança da nossa mãe fazendo um bolo bem gostoso para nos recompensar por ter ido bem na escola. Um sorvete após ter ido ao médico, o ensinamento que tem que comer muito para ser saudável, comer muito para não deixar a fome vir depois, e assim, várias estratégias de recompensa através da alimentação.
Precisamos ter foco e determinação, pois é com o treino que vamos conseguir mudar nosso comportamento.
Revisitar nossas crenças e lembranças, poder questioná-las e alteradas quando nos trazem prejuízos e conseguir ressignificar aquilo que foi interpretado de forma disfuncional.
Com isso, os nossos pensamentos também são alterados e por fim nosso comportamento.