Muito se ouve por aí “fulano tem baixa autoestima” “fulano tem uma autoestima muito alta”. Mas o que é autoestima?
Segundo autores “entende-se por autoestima a avaliação que a pessoa faz de si mesma; expressa uma atitude de aprovação ou de repulsa e até que ponto ela se considera capaz, significativa, bem-sucedida e valiosa para si e para o meio em que vive. Conforme entendimento de Coopersmith (1967), trata-se tanto do juízo pessoal de valor expresso nas atitudes que o indivíduo tem consigo mesmo, quanto de uma experiência subjetiva que pode ser acessível às pessoas através de relatos verbais e comportamentos observáveis.
Segundo Branden (2000), autoestima é a disposição para experimentar a si mesmo como alguém competente para lidar com os desafios básicos da vida e ser merecedor da felicidade.”
De acordo com a autoestima é a forma que lidamos com as pessoas. Uma pessoa de elevada autoestima é mais confiante, não terá medo de falar sobre qualquer assunto que precisar.
Já uma pessoa com baixa autoestima, terá dificuldade de falar e se expressar, pois não tem confiança em si para defender suas ideias.
A nossas ações são influenciadas naturalmente pela nossa autoestima.
Com pouca autoestima não conseguimos ter atitudes de enfrentamento, é possível que se deixe levar pela vontade dos outros, pois não conseguimos demonstrar nosso valor e acabamos por ser rebaixados e desvalorizados.
É a questão de saber e conseguir impor nossas ideias e pensamentos de forma assertiva, sem acatar a opinião alheia mesmo descordando.
A autoestima influencia no nosso posicionamento, postura e reação frente a vida. Claro que devemos associar como a forma que fomos criados e como aprendemos as coisas, pois nossa história de vida pode influenciar muito na nossa postura. Por exemplo, se fomos sempre desencorajados e depreciados na nossa infância, é esperado que tenhamos uma atitude retraída diante aos desafios cotidianos, contudo se fomos criados de maneira estimulante, encorajadora, teremos uma reação pró ativa frente a nossa maneira de se expor e se mostrar.
Temos a resiliência, onde podemos conseguir sim reverter nossas experiencias ruins em algo para nosso crescimento, vai da individualidade de cada um.
Acredito que a moderação e o equilíbrio seja a melhor opção. A falta de auto estima pode retrair a pessoa de tal maneira que ela não se emprenhe em seus desafios por não se sentir competente e nem capaz.
Já o excesso de auto estima pode levar a pessoa a ter dificuldade de se relacionar com as pessoas, não pelo seu potencial, mas sim pela sua maneira que pode ser considerado arrogância.
A baixa autoestima pode vir acompanhada de mais problemas, tais como a depressão, ansiedade e apatia. Pois a pessoa vai se fechando no seu mundo, com dificuldade de socializar que acaba tendo mais problemas advindo da sua baixa autoestima.
Mas, isso tem solução.
O importante é percebermos que algo não vai bem, ou que estamos descontentes com alguma coisa, ou que alguma coisa está errada. Não importa, o que importa é procurarmos ajuda. Um profissional qualificado vai proporcionar o apoio necessário para mudar esse quadro.
A Terapia Cognitiva Comportamental (TCC) possui técnicas que vão trabalhar desde as nossas crenças até nosso comportamento fazendo com que consigamos evoluindo pouco a pouco.
Macêdo, Cibele Mariano Vaz de, & Andrade, Regina Glória Nunes. (2012). Imagem de si e Autoestima: A Construção da Subjetividade no Grupo Operativo. Psicologia em Pesquisa, 6(1), 74-82. Recuperado em 10 de setembro de 2020, de http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1982-12472012000100010&lng=pt&tlng=pt.
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