Vamos falar de imunidade?

SUPLEMENTOS QUE POTENCIALIZAM A AÇÃO DO ZINCO, ATUANDO CONTRA O COVID-19 e MELHORANDO A IMUNIDADE.

Tanto a cloroquina, como a hidroxicloroquina agem como ionóforos de zinco, o que significa que eles transportam zinco para as células.

O zinco é um componente essencial do sítio ativo de muitas enzimas e desempenha importantes funções em centenas de processos corporais. Além disso, representa um importante suporte imunológico.

Esse mineral, quando administrado precocemente e associado a um ionóforo de zinco, teoricamente auxiliaria a diminuir a carga viral e impediria que o sistema imunológico fique sobrecarregado.

Sem o zinco, a hidroxicloroquina pode ser mais ou menos inútil, uma vez que este parece ser o “ingrediente mágico” necessário para evitar a replicação viral.

Na verdade, a maioria dos sintomas do COVID-19 é quase indistinguível dos sintomas da deficiência de zinco.

Como essa deficiência ocorre com frequência em pacientes idosos e naqueles com doença cardiovascular, doença pulmonar crônica ou diabetes, estuda-se que a suplementação de zinco em associação à seus ionófaros pode ser ter maior eficácia na redução da morbidade e mortalidade por COVID-19.

Além dos efeitos antivirais diretos, a cloroquina e hidroxicloroquina direcionam especificamente o zinco extracelular para os lisossomos intracelulares, onde interfere na atividade da RNA polimerase dependente de RNA e na replicação do coronavírus.

Assim, tendo em vista as evidências que demonstram que um dos motivos pelos quais a hidroxicloroquina e a cloroquina funcionam para o COVID-19 é porque agem como ionóforos de zinco, vale a pena questionar se outros ionóforos de zinco mais naturais podem ser utilizados ou não em conjunto.

Um ótimo exemplo seria a quercetina, um ionóforo de zinco que ocorre naturalmente.

A quercetina é um dos únicos três produtos naturais encontrados que são capazes de inibir a proteína spike do SARS-CoV-2 (Green Stars Project). 

Ela pode ser encontrada em uma variedade de alimentos, incluindo maçãs, vegetais do gênero Brassica, alcaparras, cebolas, chá e tomates, apenas para citar alguns. Também está contido em produtos medicinais como Ginkgo Biloba, Erva-de-são-joão (Hypericumperforatum) e sabugueiro (Sambucuscanadensis).

Pesquisas já demonstraram que a quercetina é um poderoso reforço imunológico e antiviral de amplo espectro e estudos específicos para comprovação de sua eficácia no tratamento do corona vírus já estão sendo realizados.

Como observado em um estudo de 2016 do periódico Nutrients, os mecanismos de ação da quercetina incluem a inibição da produção do fator de necrose tumoral α (TNF-α) induzida por lipopolissacarídeo (LPS) em macrófagos.

O TNF-α é uma citocina envolvida na inflamação sistêmica, secretada por macrófagos ativados, um tipo de célula imunológica que digere substâncias estranhas, micróbios e outros componentes nocivos ou danificados. A quercetina também inibe a liberação de citocinas pró-inflamatórias e histamina, modulando o influxo de cálcio na célula.

De acordo com esse artigo, a quercetina também estabiliza os mastócitos e tem “um efeito regulador direto nas propriedades funcionais básicas das células imunológicas”, o que lhe permite inibir “uma enorme panóplia de alvos moleculares em uma faixa de concentração micromolar, regulando para baixo ou suprimindo muitas vias e funções inflamatórias.”

Outro estudo de 2016 concluiu que a quercetina ajuda a modular o inflamassoma NLRP3, um componente do sistema imunológico envolvido na liberação descontrolada de citocinas pró-inflamatórias que ocorre durante uma enxurrada de citocinas.

Estudos in vitro demonstraram que a quercetina exerce atividade antiviral contra o SARS-CoV, e resultados preliminares sugerem que ela também pode inibir a principal protease do SARS-CoV-2.

Grande parte do debate sobre os outros potenciais para COVID-19 se reduz a uma análise de risco versus recompensa. Quando se trata de saúde, geralmente tendo a seguir o conselho de Hipócrates: “Permita que alimentos sejam o seu remédio”, pois hábitos saudáveis oferecem recompensas duradouras e sem riscos.

Referências:

DERWAND, Roland; SCHOLZ, Martin. Does Zinc Supplementation Enhance the Clinical Efficacy of Chloroquine/Hydroxychloroquine to Win Todays Battle Against COVID-19?Medical hypotheses,2020. Disponível em: https://www.preprints.org/manuscript/202004.0124/v1.

DABBAGH-BAZARBACHI, Husam; CLERGEAUD, Gael; QUESADA, Isabel; ORTIZ, Mayreli; O’SULLIVAN, Ciara; FERNANDEZ-LARREA, Juan. Zinc Ionophore Activity of Quercetin and Epigallocatechin-gallate: From Hepa 1-6 Cells to a Liposome Model. Journal of Agricultural and Food Chemistry, 2014. Disponível em: https://pubs.acs.org/action/doSearch?field1=Contrib&text1=Husam++Dabbagh-Bazarbachi&.

LI, Yao; YAO, Jiaying; HAN, Chunyan; YANG, Jiaxin; CHAUDRY, Maria; WANG, Shengnan; LIU, Hongnan; YIN, Yulong. Quercetin, Inflammation and Immunity. Nutrients, 2016. Disponível em: 

https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC4808895/#__ffn_sectitle.

MERCOLA, Joseph. A quercetina é uma alternativa mais segura à hidroxicloroquina?

Mercola: Assuma o controle da sua saúde, 2020. Disponível em: https://portuguese.mercola.com/sites/articles/archive/2020/05/15/quercetina-e-alternativa-mais-segura-a-hidroxicloroquina.aspx.

SMITH, Micholas; SMITH, Jeremy. Repurposing Therapeutics for COVID-19: Supercomputer-Based Docking to the SARS-CoV-2 Viral Spike Protein and Viral Spike Protein-Human ACE2 Interface. Oak Ridge, 2020. Disponível em: https://s3-eu-west-1.amazonaws.com/itempdf74155353254prod/11871402/Repurposing_Therapeutics_for_COVID-19__Supercomputer-Based_Docking_to_the_SARS-CoV-2_Viral_Spike_Protein_and_Viral_Spike_v4.pdf.

The Green Stars Project. Quercetin – a treatment for coronavirus?. 2020. Disponível em: https://greenstarsproject.org/2020/03/27/quercetin-a-treatment-for-coronavirus/?amp=1.